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sábado, 25 de janeiro de 2014

Retalhos de escrita e de pensamento


Hoje apeteceu-me escrever sobre nada em definido.
Uma espécie de escrita retalhada, levada por ideias soltas, pensamentos fragmentados que me desconcentram e abstraem do trabalho da escola.
O pensamento… Por vezes parece querer fugir, afastar-se para bem longe, libertar-se do meu domínio e partir.
Por momentos, por breves momentos, distraidamente, cedo. Então, agarro-me às suas asas e voamos.
Leva-me consigo numa deriva aparente. Sobrevoamos a Terra do Sempre, onde nascem os sonhos, onde tudo é possível e conduz-me aqui e ali.
Perco-me no emaranhado das linhas de rumo da carta de marear que me orienta por caminhos de memórias esquecidas ou apenas adormecidas. Avivam-se.
Por fugidios instantes, tão fugazes como o voo do meu pensamento, revejo momentos, recordo rostos, relembro locais, paisagens pintadas de aromas e de cores: afectos e sentires gravados em mim.
Por momentos, tão breves como o som da palavra desfeita no eco de si, perdi-me nas ideias entrelaçadas do meu pensamento.
 (De tanto se entrelaçar, acaba por tropeçar em palavras repetidas).