Mais um “25 de Abril” que
adormeceu no ontem.
O deste ano matizou-se em
tons de cinza molhado, contrastando com o genuíno que se encheu de sol e luminosidade.
De facto, é de admirar a
capacidade que a memória possui para aprisionar os detalhes, os pequenos nadas
que ficam, distraidamente, guardados e nem o passar dos anos os apaga.
Entre o Abril do passado,
que se vestiu de novo e se encheu de esperança e o Abril do presente, sorumbático
e triste, houve um país que persistiu, por entre sonhos e utopias, há um país que
persiste, por entre erros e aprendizagens, derrotas e vitórias.
Entre os dois “Abril”
houve “eus” e “tus” que cresceram e acreditaram, mas que, nalgum momento da
caminhada, se enganaram e continuaram.
Entre estes dois “Abril”
há muitas lições a aprender, há todo um modo de vida a repensar, maneiras de estar a alterar.
Há um
país para acontecer. Ainda, se “Abril” quiser ser.