O exercício do poder será tanto mais eficaz quanto o grau de conhecimento que se tem sobre as pessoas e o território onde é praticado.
Esta reflexão vem a propósito do sentir quotidiano de um mega agrupamento: a escola-mãe, sede do poder, pulula de vida, qual centro nevrálgico do sistema num quase desconhecimento da periferia que, de tanto abandonada e não sabida, vê-se só, desamparada e amiúde em autogestão.
Rotatividade? Descentralização? “Presidência aberta” pelas partes do todo? Meras sugestões para um exercício do poder quando se quer sábio e consciente.
Desafioos é já por si um desafio lançado em forma de repto: "Andas muito filosófica, tens de criar um blogue!". Porque gosto de desafios, aceitei o desafio e criei este blogue.
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sábado, 29 de janeiro de 2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Palavras soltas
Escrever!
Tenho urgência nas palavras companheiras, confidentes de inquietos pensamentos, de tropel sensações!
Tenho sede de escrever, e no acto criativo, nesta paixão desnudada, solto metáforas de mim, vagueio por entre os sentidos na solidão de mim mesma.
Sinto urgência nas palavras: pressentidas, já geradas, mas ainda não paridas!
Tenho urgência nas palavras companheiras, confidentes de inquietos pensamentos, de tropel sensações!
Tenho sede de escrever, e no acto criativo, nesta paixão desnudada, solto metáforas de mim, vagueio por entre os sentidos na solidão de mim mesma.
Sinto urgência nas palavras: pressentidas, já geradas, mas ainda não paridas!
domingo, 23 de janeiro de 2011
Sabedoria popular
Esta noite, alicercei algumas certezas e dissipei certas dúvidas.
O elevado valor da abstenção, que já previra, veio confirmar o que, há muito, era apercebido pelas conversas de café e pelos comentários de gente anónima que retrata em si o pensar e o sentir do português comum: um cansaço e um desgaste pela política e pelos políticos que nos últimos anos nos têm governado.
O discurso de vitória do agora reeleito Aníbal Cavaco Silva surpreendeu-me pela positiva porque, pela primeira vez, senti que alguma coisa tinha abalado os alicerces de um homem que sempre se pautou por um certa sobriedade na sua actuação como Presidente da República.
Esta noite, nas suas palavras de vitória, senti uma mudança de atitude, uma força a brotar, uma maior predisposição para a acção. Esta noite, o Presidente Aníbal Cavaco Silva agigantou-se e soube responder, com as palavras certas e no momento oportuno, a todos os que apostaram em denegrir o seu carácter e honra de homem.
Mais uma vez, o povo, na sua plena sabedoria, tem razão ao afirmar que "quem não sente não é filho de boa gente".
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Cidadania
Sexta-feira, dia 21 de Janeiro de 2011.
O primeiro dia de um tempo que se advinha difícil.
A campanha eleitoral para as presidenciais termina hoje.
No domingo, dia 23, os portugueses exercem o direito cívico de escolherem, para os próximos cinco anos, o Presidente da República.
Mais do que perspectivar de que lado estará a vitória, move-me a curiosidade quanto à percentagem de abstenção que ocorrerá pelo país.
As notícias diárias de subida de preços, de mais e maiores impostos, de perda de direitos, quais nuvens carregadas, num céu cinzento e escuro, prestes a desabarem em aguaceiros intensos, pressagiam tempos difíceis, de grandes dificuldades económicas.
Perante um país que se pressente e sente ferido, o desinteresse pela política aumenta.
Neste contexto, é importante que os cidadãos não se deixem invadir pelo desânimo e cedam à tentação de se absterem. É importante não desistir, é importante expressar através do voto a opinião, decidir, agir.
É tempo de reflexão!
O primeiro dia de um tempo que se advinha difícil.
A campanha eleitoral para as presidenciais termina hoje.
No domingo, dia 23, os portugueses exercem o direito cívico de escolherem, para os próximos cinco anos, o Presidente da República.
Mais do que perspectivar de que lado estará a vitória, move-me a curiosidade quanto à percentagem de abstenção que ocorrerá pelo país.
As notícias diárias de subida de preços, de mais e maiores impostos, de perda de direitos, quais nuvens carregadas, num céu cinzento e escuro, prestes a desabarem em aguaceiros intensos, pressagiam tempos difíceis, de grandes dificuldades económicas.
Perante um país que se pressente e sente ferido, o desinteresse pela política aumenta.
Neste contexto, é importante que os cidadãos não se deixem invadir pelo desânimo e cedam à tentação de se absterem. É importante não desistir, é importante expressar através do voto a opinião, decidir, agir.
É tempo de reflexão!
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Nostalgia
Sinto saudade…
De um tempo perdido no tempo com cheiro de infância e sabor de pureza;
De um tempo despreocupado, em que o riso das palavras floria na alma e atapetava a inocência dos sentidos;
Da candura de um tempo menino adormecido na nostalgia da memória;
De um tempo em que ansiava que o tempo passasse e não sentia saudade!
De um tempo perdido no tempo com cheiro de infância e sabor de pureza;
De um tempo despreocupado, em que o riso das palavras floria na alma e atapetava a inocência dos sentidos;
Da candura de um tempo menino adormecido na nostalgia da memória;
De um tempo em que ansiava que o tempo passasse e não sentia saudade!
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Os "des"
Numa abordagem à primeira página do Público on-line, deparei-me com um inquérito que pretende avaliar o grau do interesse dos leitores deste diário relativamente ao modo como a campanha das eleições presidenciais está a ser seguida.
Perante a afirmação “Está a seguir a campanha das eleições presidenciais com:”, o leitor pode optar por três respostas diferentes que variam entre “muito interesse”, “pouco interesse” e “não estou interessado”.
Despertada a curiosidade sobre o sentido de voto dos leitores, quis verificar se a suposição que fizera, antes de ter acesso aos resultados, se confirmaria ou, pelo contrário, desmentiria as minhas previsões.
De facto não me enganara: num universo de 1557 votos, número contabilizado até ao momento em que redijo este post, 7,2% das pessoas responderam que tinham muito interesse, 28% afirmaram que o faziam com pouco interesse e 64,8% dos leitores sustentaram que não estavam interessados.
Admiração com este resultado? De modo algum!
A leitura que faço situa-se em dois campos interpretativos possíveis: ou os leitores, neste momento, já estão bem convictos do candidato da sua preferência e, deste modo, tudo o que rodeia a campanha perde importância ou então é apenas e só a consequência imediata da invasão dos “des” na opinião de uma grande parte dos cidadãos portugueses relativamente à vida política do país, face a todos os casos e escândalos económicos e políticos que se têm sucedido nos últimos tempos: o desinteresse, a desmotivação e o descrédito nos nossos políticos!
No dia vinte e três de Janeiro, a dúvida cessará!
Perante a afirmação “Está a seguir a campanha das eleições presidenciais com:”, o leitor pode optar por três respostas diferentes que variam entre “muito interesse”, “pouco interesse” e “não estou interessado”.
Despertada a curiosidade sobre o sentido de voto dos leitores, quis verificar se a suposição que fizera, antes de ter acesso aos resultados, se confirmaria ou, pelo contrário, desmentiria as minhas previsões.
De facto não me enganara: num universo de 1557 votos, número contabilizado até ao momento em que redijo este post, 7,2% das pessoas responderam que tinham muito interesse, 28% afirmaram que o faziam com pouco interesse e 64,8% dos leitores sustentaram que não estavam interessados.
Admiração com este resultado? De modo algum!
A leitura que faço situa-se em dois campos interpretativos possíveis: ou os leitores, neste momento, já estão bem convictos do candidato da sua preferência e, deste modo, tudo o que rodeia a campanha perde importância ou então é apenas e só a consequência imediata da invasão dos “des” na opinião de uma grande parte dos cidadãos portugueses relativamente à vida política do país, face a todos os casos e escândalos económicos e políticos que se têm sucedido nos últimos tempos: o desinteresse, a desmotivação e o descrédito nos nossos políticos!
No dia vinte e três de Janeiro, a dúvida cessará!
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Partida
Maria…
Saborear a vida em cada momento do tempo que passa com a consciência da finitude para a eternidade;
Agarrar a vida e prendê-la na palma da mão, domá-la sem receios e do quase nada fazer tudo;
Enfrentar as adversidades com uma força interior, geradora de coragem, confiança e muito querer;
Lutar, acreditar e com a fraqueza fortalecer-se.
Maria, por fim vencida, derrotada, despojo de guerra na batalha perdida.
Maria afundou-se no naufrágio da Vida e, frágil, partiu!
Na lembrança, para sempre, ficará, o sorriso e a força feita esperança
de Maria!
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Aniversário
No passado dia três, fez um ano que me iniciei neste espaço virtual com a criação do “Desafioos”. Um ano de escrita imbuída de cumplicidade, de autoconhecimento, de desabafos, de maturação: na pena e nas ideias.
Ao longo deste ano, “Desafioos” acompanhou-me, quase diariamente, nas tempestades e calmarias provocadas pela vida.
Nas tempestades, foi o porto seguro que me abrigou da fúria das intempéries; foi o ventre protector onde, enfraquecida e fragilizada, busquei a força necessária para me reerguer e prosseguir a caminhada; foi a fonte de água pura que saciou a sede da vontade e do querer.
Nas calmarias, foi o espaço aprazível, tranquilo e pacificador, o quarto secreto no sótão das emoções, onde me soltei, floresci e amadureci em reflexos de mim.
No desafio que foi o “Desafioos”, descobri um lado adormecido que me completa e realiza: o prazer da escrita como um acto assumidamente solitário na sua essência, e o prazer da partilha sempre que me lêem.
E tal como no primeiro post, publicado há um ano atrás, a mesma dúvida formulada “e agora?”
Agora, a firme certeza de que o “Desafioos” continuará a ser um espaço pleno de vida, reflexo de mim, com um carácter, muitas vezes, intimista, outras vezes intervencionista, mas acima de tudo um espaço que continuará a privilegiar a paixão pela escrita.
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