Desafioos é já por si um desafio lançado em forma de repto: "Andas muito filosófica, tens de criar um blogue!". Porque gosto de desafios, aceitei o desafio e criei este blogue.
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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015
O Ás de trunfo
Acabei de ouvir a entrevista dada pelo advogado do engenheiro José Sócrates a José Alberto Carvalho.
Não há dúvida de que o domínio correcto da língua mãe aliado a uma maneira de ser geradora de empatia e a uma facilidade comunicacional são trunfos valiosíssimos!
A telenovela continua numa próxima excursão a Évora, numa próxima visita de amigos, numa próxima entrevista sorridente, numa estratégia delineada no gerúndio.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
Auschwuitz - ontem e hoje
Fez ontem setenta
anos que o exército russo entrou num dos mais conhecidos campos de concentração
alemão (polaco) construído durante a Segunda Grande Guerra, Auschwuitz e testemunhou os
vestígios da enorme atrocidade aí cometida contra a Humanidade: o Holocausto, o
genocídio em massa de milhões judeus!
Passaram setenta
anos, a memória dos homens é curta, por vezes deturpadora, alienada da realidade.
Por isso, é importante relembrar, é imprescindível recordar, é peremptório dar
a conhecer, às gerações mais jovens, um dos capítulos negros da nossa história,
para que não se volte a repetir.Os trezentos sobreviventes do mais famoso campo de morte nazi constituem o documento histórico vivo, o legado de gerações, a voz fidedigna de um passado tantas vezes já presente.
Desde então, quantos Auschwuitz replicados na intenção, na acção, na concretização…
domingo, 11 de janeiro de 2015
Palavras intemporais
Neste momento, por este mundo fora, milhões de pessoas fazem dos gestos, das acções e das intenções dos que desfilam pelas ruas da Cidade Luz os seus, solidarizando-se e unindo-se com e a todos os que defendem os ideais liberais, herdados da Revolução Francesa: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
É preciso demonstrar a quem defende o fundamentalismo, o radicalismo e a linguagem da violência, onde quer que surja, que as palavras são mais fortes do que as balas, sempre.
A História ensina-nos que estas permanecem na memória dos povos, legado intemporal, enquanto aquelas se esfumam e se esvaziam de conteúdo na destruição e no caos que geram momentaneamente.
Hoje, mais do que franceses ou europeus, somos, sobretudo, cidadãos do mundo, pessoas!
LIF (e) |
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
Eu sou Charlie
Quando eu flor…
Quando tu flores…
E ele flor…
Nós flores seremos,
e o mundo florescerá!
Blog Flor da Ju
terça-feira, 6 de janeiro de 2015
Gramática da vida e da morte
A morte é uma
ladra imprevista e, por vezes, rouba, demasiado cedo, sonhos, projectos, amanhãs
que nunca o serão, percursos interrompidos, hiatos de vida suspensos na
eternidade, enquanto espalha enormes pontos de interrogação e muitas
reticências no pensamento e no coração dos que ficam …
O que dizer a
quem perde alguém assim tão jovem? Como afagar a dor de um amor incondicional que
se ausenta para sempre? Gestos, olhares, silêncios solidários de compreensão e
apoio, já que as palavras se esgotam perante a não-aceitação e a perda de fé no
sofrimento. O mistério da alegria da vida e da morte entristecida: paradigma da dualidade de toda a existência.
sábado, 3 de janeiro de 2015
Tal como as partículas
Ela anda por aí,
em busca dos seres mais incautos, pronta a insinuar-se, de mansinho, como um
ladrão, sem fazer barulho e vai-se apropriando do hospedeiro para, no momento
certo, atacar e derrubar as defesas de qualquer um.
Nada melhor para
começar 2015 do que ficar de molho com uma daquelas gripes gigantescas como há
muito não tinha. Não fui eu, mas por este andar o contacto intenso com o vírus quer
presente nas urgências do hospital (um mar de gripe inundava aquele espaço)
quer cá em casa, só por muita sorte (talvez mais suor do que sorte, já que o
exercício físico, presente na ginástica e na dança, é uma boa ajuda para o
organismo combater os agentes agressores) eu não serei a próxima vítima a
abater na lista do meliante biológico! Quando se está doente, já dizia o meu pai, nada melhor do que a inactividade e a quietude para o organismo se restabelecer. A Natureza ensina-nos isso, basta observar o comportamento animal em contexto similar (nada que o meu pai também não afirmasse).
É curioso como as ideias se sucedem e atraem outras ideias e ainda mais quando nos apercebemos que os ensinamentos, aparentemente, mais inócuos da meninice, ocorridos em contextos completamente informais, se enraízam em nós e perduram.
Comecei a escrever sobre uma simples gripe e termino a abordar mecânica quântica...
Não há dúvida de que, neste texto, as minhas ideias se comportaram como as partículas elementares: deram um salto quântico sem passarem pelos estados intermédios (tirada influenciada pela leitura de “A Chave de Salomão”).
quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
Mais um primeiro dia do resto dos meus dias
Aquele preciso
momento em que o ponteiro de um relógio, num movimento cadenciado, muda de posição,
anunciando o final de um período temporal e o início de outro, provoca em nós
uma série de emoções como se, de facto, a diferença de um segundo ou de um
milionésimo de segundo alterasse a realidade circundante.
Infelizmente, as
únicas modificações que ocorrem são mesmo as do tempo cronológico já que a macro
realidade que nos rodeia não se altera por muito que, psicologicamente, os
efeitos da mudança de ano nos influencie, criando uma noção ilusória de tudo
ser possível. Esta magia da mudança do ano é quase universal, contagiante, eufórica mesmo, poucos ou nenhuns lhe são indiferentes. É um daqueles momentos ritualizados que marca e caracteriza as vivências da humanidade. Quando é que este fenómeno terá começado? Não terá sido sempre assim e quais as razões que lhe serão subjacentes? Não sei, mas gostaria de descobrir e aprofundar as origens e a evolução deste ritual, facto incontestável que também influiu comigo.
O primeiro dia do ano presenteou-nos com um sol maravilhoso, com uma temperatura deveras agradável, quase parece Primavera e comigo a filosofar…
Este ano não vou elaborar uma lista de objetivos a cumprir como fiz no ano anterior, até porque muitos deles são esquecidos nos momentos cruciais – sou humana e utópica - (na concretização, não na intenção).
Assim, o que poderei eu desejar para este 2015, fora as habituais formulações? Em termos profissionais, uma continuidade na estabilidade, em termos pessoais, conservar e cultivar a amizade e o amor de todas aquelas pessoas que são, efectivamente, importantes na minha vida, porque me aceitam como sou, ser com defeitos e com erros, me ajudam a ser melhor, fazem-me sorrir e a sentir plena como pessoa.
Abençoado ano para todos!
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