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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Eclipse

Acordo, para mais um dia de trabalho, o último da semana, com uma disposição que rivaliza o tempo: cinzento, chuvoso, sombrio.
O estado de espírito ressente-se da negritude, presenteada pelo dia.
A perspectiva do fim de semana surge como o sol que espreita, timidamente, por entre as nuvens sorumbáticas e sizudas, em raios dourados, alentando a Natureza.
Enquanto percorro a distância da viagem, solto o pensamento e este desprende-se livremente, em vagas sucessivas, desafiando, qual inevitabilidade, a reflexão.
No desenrolar temporal do exercício, por vezes, as conclusões daí retiradas, não são as mais favoráveis, de modo a contribuirem para o fim da disputa.
Tal como o tempo, que teima em continuar rezingão, vociferando ventanias de má disposição e aguaceiros de negatividade assim, o estado de espírito acompanha este dia de um Inverno, que parece infindável!
A não presença do Sol, eclipsando-se com a saudade, gera um vazio imenso, pela ausência do calor irradiado e da sensação regeneradora de um bem estar interior.