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sexta-feira, 8 de janeiro de 2010




Gosto de animais, sempre gostei!

Os meus pais tiveram o bom senso de nos fazer conviver com animais domésticos e mostrar-nos que são seres dos quais não se deve ter medo.

A paixão por gatos vem da minha infância. Desde menina que me lembro de uns quantos gatos e dois cães no quintal da casa.

Gostando de todos os animais, uns mais que outros, os gatos são aqueles que me fascinam e com os quais me identifico melhor.

A independência de um gato, a sua personalidade, o seu ar altivo e belo, mas também a sua meiguice, a sua fidelidade única ao dono, que o faz, ao contrário do cão, reconhecer um único dono, conquistaram para sempre o meu coração e fizeram com que fosse o meu animal preferido.
E porque gosto muito de gatos, sempre fiz deles os meus animais de estimação escolhidos.

Muitos foram os quatro patas felinos que adoptei, uns rafeiros, outros de raça. Foram eles que, muitas vezes, naquelas situações da vida em que tudo parece descontrolado e que somos apanhados de surpresa, como se um tapete tivesse sido puxado debaixo dos pés, foram eles, dizia eu, que me apoairam, ou em quem eu me apoiei, foram eles que me fizeram companhia, foram eles que me ouviram, quando não tinha com quem falar, foram eles que partilharam comigo silêncios, novos lugares, sítios desconhecidos, foram eles, os meus melhores amigos, quando tudo parecia estar virado do avesso, quando me sentia perdida. Foram eles.

Assim, como não podia deixar de ser, tenho um gato como animal de estimação. Fofo é o seu nome próprio, mas também chamado espanador, devido à beleza da sua cauda felpuda e enorme ou então bigodaças pois é detentor de uns farfalhudos e compridos bigodes. Pensam que por lhe trocar os nomes, o safado não vem ao chamamento? enganam-se! estou convencida que ele viria a qualquer chamamento, pois é a entoação da voz, os tons melódicos que o fazem vir à ordem de chamada.

O Fofo é um gato com 12 anos. É um rafeiro, mas de uma beleza ímpar: pêlo branco, matizado de um castanho muito claro, senhor de uma cauda abundantemente adornada de um pêlo longo, de olhos azuis e muito esperto e inteligente. Mais meigo que ele não há. Já velhote, gosta muito de brincar e está sempre pronto para uma boa sesta ao calor do solinho.

O Fofo foi sem dúvida um gato com muita sorte. Filho de uma gata rafeira, de rua, trouxe-o lá de fora, com a missão de o domesticar ,para ser entregue a alguém, que o vendo fugido por entre os carros, gostou do bichano e quis ficar com ele.

Veio para ser domesticado e ficou!