Translate

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Imortalidade


Desde sempre defendi a ideia de que as pessoas não morrem, porque acredito nela. O que morre é a parte física do ser.
Não tenho argumentos para apresentar e poder contestar todos os que me dizem que estou enganada, que após a morte nada mais resta, tudo desaparece. Mesmo não tendo argumentos, mesmo não podendo justificar com factos concretos a minha crença, reafirmo que acredito na imortalidade do ser.
Esta afirmação nada tem a ver com aspectos ligados à religião, apesar de esta lhe estar subjacente.
Contudo neste post não pretendo dissertar sobre fé, porque esta não se discute, não se argumenta, não se avalia: ou se tem, ou não se tem!
Todos os seres são imortais, enquanto permanecem na memória viva dos que lhes sucedem. Enquanto houver quem se lembre de nós, quem tenha saudades, quem relembre momentos, acções, quem, apesar de ausentes, nos sinta, nos veja, nos fale na linguagem mais arcaica do mundo, a do pensamento, então não morremos, permanecemos vivos num outro patamar: o da memória viva das pessoas que connosco vivenciaram. Essas pessoas são o baluarte da nossa imortalidade, porque não nos deixam cair no esquecimento, e, através do relato das suas memórias, permitem que continuemos vivos, para além do tempo vivido.
Saibamos em vida, conquistar o direito à Imortalidade.