In, “Comer, orar, amar”, Gilbert, Elizabeth
A frase citada foi retirada do livro que me tem feito companhia nos últimos tempos.
Ao chegar a esta parte da acção, decidi fazer uma pausa na leitura e reflectir na ideia veiculada pela personagem e que lhe está subjacente.
De facto o silêncio incomoda a maioria das pessoas. Não gostamos de o ouvir. Para isso, rodeamo-nos de tudo que consiga anular a sua acção. E por que razão evitamos momentos de silêncio puro? Talvez porque seja através do silêncio que escutamos o mais profundo de nós, que comungamos com o eu verdadeiro, amordaçado, aprisionado nas rotinas do quotidiano, na anulação do que verdadeiramente somos.
É fundamentalmente pelo silêncio que alcançamos o conhecimento de nós próprios, tomamos consciência do que somos, de como somos e nos abrimos à verdade. E porque somos humanos e imperfeitos, a descoberta dos defeitos, que nos formam e condicionam, amedronta-nos.
O barulho distrai o pensamento em manobras de diversão que impedem o diálogo interior.
O silêncio conduz à reflexão, ao conhecimento, à aceitação e à mudança.
Saibamos ouvir o silêncio do coração!