De todos os meses do ano, Setembro é o que mais me enternece: raiado de amarelos acastanhados e vermelhos alaranjados, embriaga-se com os vapores das uvas vindimadas e, estonteado pelo néctar dos deuses, aconchega-se na Natureza para um descanso reparador.
Setembro dos dias solarengos, do cheiro a terra seca, após as primeiras chuvadas passageiras, da brisa morna que se solta no espaço e nos abraça, acarinha e afaga, despedindo-se do Verão.
Setembro da minha meninice, das férias grandes, vivências adocicadas, dos aromas e dos sentires, embala-me nos teus braços, enfeitiça-me com os teus encantos, adormece-me na tranquilidade que brota de ti.