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quinta-feira, 24 de março de 2011

Março

Decididamente, Março tornou-se um mês especial.
Março, de alterações de fundo, de mudanças de rumo, de recomeços.
Março e o renascer da vida que desperta, calmamente, no regaço da Primavera.
O Março da esperança e do desejo, por fim, concretizado.
E o Março da mudança trouxe com ele o fim de mais um ciclo.
Coagido pela força das circunstâncias, o nosso Primeiro-Ministro decidiu apresentar o seu pedido de demissão ao Presidente da República.
Não vou, mais uma vez, tecer qualquer comentário sobre o facto, nem emitir opinião sobre o desempenho do chefe do governo nem da sua linha política ou medidas tomadas.
Hoje, começou o fim de seis anos de passado. A partir de agora, o mais importante é olhar e pensar o futuro imediato. Cada um de nós tem o dever e a responsabilidade, porque a democracia é isso mesmo, de reflectir no rumo que quer para o país, de inventar o futuro partindo do presente e escolher, em consciência e com conhecimento de causa, o partido e o candidato que quer para assumir o governo da nação, sabendo que são tempos difíceis os que se avizinham.
Desta vez a responsabilidade de cada um dos portugueses é maior do que nunca, pois estão em jogo interesses, muitos deles divergentes, que é preciso acautelar.
A História ensinou-nos que Portugal, desde o início da nacionalidade, tem vivido períodos difíceis, períodos de crise. No entanto, de uma maneira ou de outra, sempre se encontraram soluções para a resolução dos problemas.
Que as lições do passado nos ajudem no presente e na construção de um futuro que se quer verdadeiro, integro, honesto e responsável!