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quinta-feira, 17 de março de 2011

Paradoxo- Parte II

Há determinadas actuações que, por mais que sejam aclaradas e argumentadas, nunca conseguirei entendê-las.
Mais concretamente, refiro-me ao modo como o nosso primeiro-ministro conduziu o processo relativamente à divulgação das medidas constantes no PEC IV.
O não ter informado, com antecedência, quer a presidência da república, quer os partidos políticos com assento na Assembleia, só denota falta de respeito pelas instituições, sede do poder e ausência de espírito democrático.
E quando criticado por todos os lados, acaba por se ver quase obrigado a ter de prestar explicações ao país (não esqueçamos que a manifestação “geração à rasca” ocorrera três dias antes), os argumentos que apresenta são tão fracos - cerimónia de tomada de posse do Presidente da República e moção de censura apresentada no Parlamento - que é impossível acreditar na boa fé do nosso primeiro-ministro.
Para quem tanta ênfase deu ao designado Plano Tecnológico - um dos estandartes da sua governação - é de estranhar que não tenha enviado um simples mail, evitando deste modo o mal estar institucional e a consequente crise política que desencadeou. .