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sábado, 7 de maio de 2011

Encenação

Afinal para que servem as Provas de Aferição?
Segundo o Ministério para comparar os conhecimentos dos alunos a nível nacional e verificar os desvios em relação à norma.
Mas então, se o Ministério considera ser imprescindível uma prova que sirva para evidenciar os conhecimentos dos alunos, é porque não confia nas estruturas pedagógicas existentes nas escolas: Professores, Coordenadores, Departamentos, Conselhos Pedagógicos e Direcções.
Todas as escolas seguem o Currículo Nacional, elaborado por equipas com o aval do Ministério da Educação, o qual está na base das planificações que são feitas no início do ano lectivo e que, sempre que necessário, sofrem reformulações. Há uma monitorização constante dentro da própria escola.
A não ser que um professor falte bastante, o que hoje em dia é quase impossível, e que os alunos não trabalhem mesmo nada – acontece em alguns casos - de uma maneira geral, em qualquer momento do ano, os discentes deverão encontrar-se todos no mesmo patamar de conhecimentos. Claro que há sempre situações desviantes – a excepção confirma a regra – e factores exteriores ao sistema.
Assim sendo, para quê movimentar tantos recursos humanos e materiais, despender tantos gastos – estamos em crise – em nome de uma prova que serve apenas, de uma maneira encapuçada, para aferir, não alunos, mas antes a proficiência dos docentes?
Se é assim tão importante, então porque não a transformam num exame nacional, decisivo para a passagem dos alunos?
Talvez porque fosse demasiado arriscado para as estatísticas nacionais.
Os professores correctores não têm acesso às cotações da prova, apenas lhes é fornecido um código constituído por letras e números, posteriormente convertido em níveis pelo Ministério da Educação.
Tal processo é falacioso e pode dar origem a manipulação de dados, o que seria de todo impossível num Exame!