Estou de férias, quase a terminarem, é certo, mas ainda de férias!
Sempre saboreei este período do ano como um tempo sem tempo de descanso e de prazer. Descanso das rotinas diárias marcadas pelos ponteiros de um monótono relógio. Prazer para poder usufruir de pequenas coisas que me preenchem e ocupam estes dias de merecido lazer.
Na praia, debaixo da sombra de um chapéu, embalada pelo som das ondas a desfazerem-se na areia ou no silêncio da noite, refrescada por uma brisa que paira, vivo intensamente a mornice preguiçosa destes longos dias de Verão. E como sabe bem a sensação que invade cada bocadito meu!
A leitura, sempre presente, permite-me momentos de recolhimento, de paz, de bem-estar.
Eu e o livro, eternos companheiros de jornada, entregamo-nos ao cúmplice gozo de decifrar sentidos, reinterpretar palavras numa viagem única à descoberta de cada autor.
Momentos únicos, porque único é cada livro que eu leio, único é cada autor que eu selecciono, único é cada contexto de leitura em que me insiro.
Então, mergulho nos enredos imaginados, perco-me no silêncio de cada palavra lida, retempero-me no sossego de cada momento vivido.