A parte velha da cidade não esconde a influência árabe que a especifica.
As casas, de arquitectura sinuosa, reflectem o branco caiado, característico de um clima mediterrâneo, cheio de sol, luz e calor.
Distraída, na calma de uma tarde que teima em não sorrir, contemplo o casario antigo, incrustado na paisagem a fazer lembrar a moirama de outrora.
O contraste entre o novo e o velho espelha-se na construção existente: telhados e açoteias intercalam-se num traçado desordenado, como se o presente e o passado se imortalizassem na eternidade do tempo.
Albufeira, moura encantada de porte sereno e belo, onde o mar é mais calmo, a água mais transparente, o céu mais azul e o sol mais radioso.
Ó cidade, aprisionaste-me, para sempre, na teia dos teus encantos.