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sábado, 24 de dezembro de 2011

O meu postal de Natal




O post de hoje foi pensado em forma de postal de Natal. Um postal de Natal dedicado a todos os que, aqui, me lêem, quase diariamente.
Queria um postal diferente, um postal único, original, um postal muito especial, como especial é cada um de vós que por aqui passa e regressa num ritual que se cumpre.
O meu postal não foi tirado da Net, não foi recebido por mail, não foi achado num site qualquer. Não! O meu post(al) é um simples texto dedicado a todos, com muito carinho, com muita amizade. É a minha forma simples e sincera de vos desejar um Santo e Feliz Natal,onde quer que o celebrem.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Regresso

Voltei!
Não, não emigrei!
Durante uns dias fiquei sem Net, por isso esta minha ausência, mas valeu a pena, pois regressei a toda a velocidade, aquela que a fibra óptica me permite. Não há nada como a concorrência para se conseguir poupar!
Entretanto, descobri que me tornei uma internetodependente. É verdade, confesso!
Que saudade de navegar ao sabor dos sites, descobrindo mundos virtuais para além do real.
Não consigo imaginar o meu dia-a-dia sem Internet, sem telemóvel, sem televisão, entre muitas outras dádivas da modernidade.
Se o que o Homem já conseguiu é tão surpreendente, imaginem como não será o futuro: cheio de engenhocas que ainda estão por inventar, realidades que apenas ainda são  sonhos e vagos  projectos!
Pequenos passos no presente firmam a esperança no futuro.





sábado, 17 de dezembro de 2011

O voo da águia

Fonte fidedigna, que pediu anonimato, adiantou as razões para o incidente ocorrido durante o jantar de Natal da família benfiquista, entre a águia Vitória e o presidente deste clube.
Ao que parece, vários foram os motivos para tão tresloucado acto da mascote do Benfica.
Farta de ouvir os discursos repetitivos de Luís Filipe Vieira contra o seu rival nortenho, contra a arbitragem, contra os apitos multicolores, contra o seu rival do lado, contra a fraca iluminação dos túneis e duvidosos acessos, contra os stewart, contra os aspersores de rega, contra o verde da relva e a forma esférica da bola, enfim, contra tudo e contra todos, a pobre águia aproveitou a presença deste alto responsável e atacou-o com as suas potentes garras.
Se não era rapidamente dominada, lá ficava o Benfica sem presidente e sem mascote.

Adenda: A mesma fonte fidedigna (que continua a querer manter o anonimato) informou, em segredo, que Luís Filipe Vieira, mal saíram os últimos convivas do almoço, mandou vendar a águia e diminuir-lhe a ração.
Como retaliação, parece que a Vitória recusa-se a voltar a voar sob o céu do estádio dos lampiões.
Impasse! 
Quem ganhará este braço de ferro?
Não percam o desenvolvimento num próximo repasto.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Nem mais!

Pedro Nuno Santos, um dos vice-presidentes do grupo parlamentar do PS, afirmou que se estava a “marimbar para o banco alemão que emprestou dinheiro a Portugal nas condições em que emprestou”, sugerindo que o país deve suspender o pagamento da sua dívida para deixar “as pernas dos banqueiros alemães a tremer”.
Público, edição on line de 15 de Dezembro de 2011


Em sintonia com a ideologia defendida pelo deputado do PS, faço constar, para que se saiba, que eu, uma cidadã deste humilde país da União Europeia, deixarei de pagar as contas referentes às despesas mensais do gás, luz, prestação da casa entre outras, uma vez que, após o corte de 5% no vencimento, a anulação dos subsídios de férias e Natal, não possuo rendimento suficiente para fazer face aos inerentes encargos das rotinas diárias.
E mais informo que, se me vierem pedir contas desta minha decisão e reclamar o pagamento das dívidas contraídas, remetê-los-ei à sua insignificância e processá-los-ei, uma vez que NÓS, acima de tudo.
E assim vai este meu Portugal…

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Essa força maior

Paulo Coelho, numa das suas crónicas semanais, de uma revista muito em voga, a propósito de uma crise de fé que o abalou, desenvolvia um tema de cariz religioso e defendia que, provavelmente, não seríamos questionados sobre o que fizéramos na nossa vida, mas antes sobre o modo como geríramos o amor em relação aos outros.
Na verdade, é o amor que nos faz ser pessoas melhores, mais verdadeiras, mais compreensíveis.
O amor, pensado como a força maior que tudo consegue, que tudo perdoa, que tudo possibilita.
Aproveitemos a serenidade e a profundidade desta quadra natalícia e construamos uma vida plena de amor, independentemente da forma com que este se revista.
Amemo-nos, então, com a perfeição que a nossa imperfeita condição humana o permita!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Momento

Meia-noite. A hora que medeia o fim e o princípio de um dia a partir e de um outro a surgir, a acontecer.
O de ontem foi muito peculiar.
De novo, as palavras centrifugando os acontecimentos. E imagens: difusas, pálidas, confusas.  
Dúvidas que anseiam certezas.
E um tempo e um espaço para além do visível, para além do entendível, onde tudo é plausível.
E cada um de nós, infinitamente pequeno, na incompreensão da verdade, tantas vezes disfarçada de hesitação, de surpresa, até mesmo de negação.
A vida a fazer-nos. Tanto por compreender e mais ainda para aprender! 

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Palavras

A trama do filme Anónimo gira à volta da verdadeira identidade de William Shakespeare. O cenário, os adereços, o guarda-roupa, retratam fielmente o contexto histórico em que a intriga se desenrola.
Fui ver, gostei.
Não será um filme bombástico, muito menos êxito de bilheteira – na imensidão da pequena sala apenas cerca de vinte e poucos espectadores espalhavam-se pelo espaço sobejo.
Este filme lembra-nos o poder imenso do verbum, mostra-nos como a palavra, bem conduzida e direccionada, inflama multidões, gera acções colectivas, pujantes e interventivas, determinantes na narrativa construtiva da História.
Detê-la e saber usá-la é uma arma invisível, indestrutível, invencível!
As palavras atravessam o tempo, perduram até terem fôlego e o fôlego ter vida.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Reaparição

Eis que de súbito, decide romper com o silêncio a que se remetera, desde que procurara, na Cidade Luz, o refúgio perfeito para fazer a pausa necessária, a reflexão obrigatória, logo após a derrota que obteve nas eleições legislativas.
É compreensível, é aceitável, era preciso, quase inevitável, depois de uma governação desastrosa!
Quase já nem nos lembraríamos da sua existência, não fora o caos económico em que nos deixou, não fora o comprometimento do futuro que originou.
Anteontem, ao ouvi-lo afirmar, convictamente, perante jovens estudantes, numa universidade francesa, que os países pequenos, como o nosso, não têm de pagar as suas dívidas e que pensar isso é como uma brincadeira de criança, percebi, finalmente, os contornos ideológicos que comandaram a sua acção política, enquanto governou, como Primeiro-Ministro, a gente deste pequeno território.
Na sequência da primeira intervenção pública, após o afastamento assumido, na cidade dos amantes e numa campanha de marketing – cultiva o afastamento, mas não o esquecimento – o seu discurso inflamou o meio político e social, tal a calinada proferida perante uma vasta assembleia e prontamente divulgada pelos órgãos de comunicação social.
Raríssimos, são os momentos em que sinto vergonha de ser portuguesa.
Infelizmente, este foi um deles!



quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Por fim

Que maratona!
Vinte e quatro horas depois de ter iniciado a realização do trabalho a apresentar no âmbito das XIV Jornadas Históricas, subordinado ao tema “A História e o Corpo”, dou por concluído aquele que irá ser o meu relatório.
O início custou, parecia que as ideias me tinham abandonado, mas a partir do momento em que delineei o assunto a contemplar, tudo se tornou mais fácil e a escrita fluiu serenamente.
Gostei do que produzi. 
Deu-me um prazer e um gozo incrível superar este desafio, numa luta contra o tempo. Consegui com qualidade e precisão. Confirmei a ideia de que funciono melhor sob pressão.
Não foi em vão que durante três dias percorri quilómetros de estrada entre Coimbra e Seia.
Citando o nosso poeta, tudo vale a pena quando a alma não é pequena.


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Às voltas com "O Corpo"

Impreterivelmente, tenho de acabar um trabalho cujo prazo de entrega é dia 9, sexta-feira (é o pior das acções de formação…).
Que maneira mais agradável de passar um feriado! - comento eu. Ainda por cima vai ser extinto por decreto governamental, o que significa que é o último ano em que se pode desfrutar deste dia de lazer.
Imaginava-o cheio de “não tempo”, rodeado de calma e sossego.
Em vez disso, eis-me aqui, lutando contra os demoníacos ponteiros do relógio que conspiram contra mim!
E as ideias que teimam em não surgir e a inspiração que teima em não ajudar e eu que teimo em não desistir!
Não é  “A História e o Corpo” que me vai derrotar e vencer. Nunca!
Persistência, sempre e até ao fim!

Adenda: Aceitam-se sugestões e parcerias no âmbito do trabalho a apresentar.


terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Eternamente

Termino o dia abraçando a mansidão da noite na companhia do som calmo e melódico de You Were always On My Mind.
O pensamento liberta-se.
Eternamente bela, eternamente única, eternamente minha.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Burocracia


Não imaginam a pilha de testes que, de súbito, se amontoou na minha secretária. 
De um dia para o outro, o monte de papéis disparou. 
A aproximação do final de um período escolar é sempre uma correria, uma azáfama, uma carga de trabalho que gira à volta dos papéis e mais papéis: são os testes para corrigir e cotar; as grelhas para preencher; as faltas para lançar; as estatísticas para elaborar; a auto-avaliação para realizar; a proposta de notas a apresentar; as informações para fazer chegar aos encarregados de educação; os relatórios de mil e umas coisas a completar; os planos a efectuar; outros a avaliar; medidas a inventar para alunos que nalguns casos não querem estudar (perdi-me nesta enumeração, sinto que algo me escapa). 
O mar da burocracia que galgou as nossas escolas, invadiu os serviços e aprisionou-nos na teia de malha apertada, não é mais que um reflexo da nossa própria sociedade. 
Como profissionais, enquanto continuarmos a dar primazia à burocracia assente na obrigatoriedade do preenchimento da papelada, com o consequente desgaste, desperdício de tempo e recursos, dificilmente conseguiremos aumentar a nossa produtividade que tanto é necessário. 
Ah, Portugal, Portugal, perdeste a racionalidade e a objectividade quando te deixaste dominar pela insegurança disfarçada de certezas inquestionáveis dos mangas-de-alpaca que te seduziram!

Adenda: Olhando, corajosamente, para a resma que me aguarda e me chama, neste domingo cinzento e sorumbático, suspiro de resignação, perdida no meio de tanto papel.