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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Entre o sonho e o pesadelo


"O governo está a matar o sonho dos portugueses", afirmou o secretário-geral do PS, António José Seguro.
Consequência mais que lógica do pesadelo em que vivemos, resultado da governação socialista do seu camarada José Sócrates, relembro-lhe eu.
Só se pode matar o que existe. Antes sonho que pesadelo!
Os políticos têm a memória muito curta, mais curta que a do próprio povo!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Obrigatório não esquecer

Faz hoje 67 anos que o exército soviético entrou no campo de concentração de Auschwitz e libertou do extermínio todos os prisioneiros que os alemães, na sua fuga da derrota, deixaram para trás.
Em memória de todos os homens, mulheres e crianças contra quem foram cometidos actos de enorme atrocidade, o conselho de segurança das Nações Unidas declarou o dia 27 de Janeiro como o Dia Internacional do Holocausto.
No livro da história da humanidade existem páginas negras carregadas de muito ódio, maldade e sofrimento. Para que nunca mais se voltem a repetir, é importante não esquecer, é importante dar a conhecer.
De todas as espécies, a humana é a única que mata por prazer e inflige, gratuitamente, sofrimento aos seus semelhantes.
Em honra de todos os judeus, de todos os ciganos, de todos os deficientes, de gente sem nome, assassinada pelo III Reich, a minha homenagem em forma de escrita.



segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Dias asssim


Há dias – sabe-se lá porquê – em que acordamos cheios de energia, com uma vontade enorme de agir, tomar decisões, fazer.
Em dias assim, sentimo-nos invadidos por uma sensação agradável de tudo poder e o impossível não ser mais que uma ténue miragem.
Hoje, foi um deles. Despertei cedo para o dia, decidida e com muita determinação. Ele sorriu para mim e juntos, num abraço pleno de entusiasmo e muita firmeza, galgámos a vida, domámo-la, amansámo-la.
Com optimismo, esperança e esta alegria de sentir a vida a pulsar, a vontade agiganta-se e tudo é possível.
Viver é uma odisseia em que cada um de nós é o herói dos seus próprios desígnios.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Era uma vez

Quando eu era pequenina, adorava ouvir contar histórias, daquelas que povoam a infância de qualquer criança que tem a sorte de ter quem lhas conte. Eu tive essa sorte.
Antes mesmo de saber ler, já eu descobrira a magia que cada palavra dita, com mestria e muita entrega, podia encerrar. A musicalidade e os sentidos de cada palavra contada, de cada palavra narrada, com prazer e muita paciência, despertavam em mim emoções e afectos em forma de imagens construídas à medida da fecundidade própria da imaginação de uma criança. 
Desde cedo, as palavras cativaram-me e seduziram-me. Desde cedo, intuí o seu poder.
Hoje, adormecido o meu tempo de meninice, ainda recordo cada uma das histórias que me encantavam e faziam sonhar: personagens, paisagens, enredos, cenários que pulularão para sempre no lado infantil e puro, resguardado, algures, numa parte de mim.
Um dia destes, ainda encontrarei o tesouro escondido no final de um arco-íris!



quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Naturalmente

Os compassos de espera, se desocupados, irritam, desesperam, aborrecem. Quando são longos - e que longos alguns são - há que inventar maneiras de os fazer parecer diminutos. Sem dúvida que poderia ocupar esse tempo a trabalhar para a escola, mas depois de uma manhã intensa de trabalho, a exaustão invade-me e, enquanto não volto aos afazeres obrigatórios da profissão, prefiro distrair-me, entregando-me a um dos hobby's que me dá, realmente, prazer
Assim, esqueço-me da lentidão com que se movem os ponteiros do relógio, cumplicio-me com a escrita. Cada palavra alforrada leva consigo partes de mim e voa ao encontro do leitor desconhecido.  
Afinal, o que me leva a escrever? Este gosto de me expressar, de me dar a conhecer, de partilhar com outros momentos meus.  
Ao escrever, o meu lado mais solitário, refugiado em cada palavra gerada, transfigura-se e,  num natural fluir, doo-me a quem me lê. 

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Mudança de hábitos

Com o agravamento do nível de vida, inevitavelmente, apercebemo-nos das alterações que vamos efectuando no dia-a-dia devido à necessidade de poupança.
Alteram-se hábitos e rotinas há muito enraizados e o mais engraçado é que essas alterações ajudam a apreciar pequenos momentos, quase nadas que sabem bem e que, anteriormente, passavam despercebidos.
Hoje, no meio da calma, de frente para um prado verdejante, ao som dos trinados da Natureza e sob um sol radioso, deliciei-me com o almoço que trouxera de casa. Parodiando a situação e em jeito de brincadeira, costumo dizer que tenho um restaurante panorâmico e rolante. Todas as terças-feiras, sou eu que escolho o ambiente e a paisagem que embalam esse momento único, tão meu e importante que é a pausa da hora de almoço.
Não fora a crise e continuaria a almoçar, sempre com a preocupação do tempo, numa correria contra ele, perdendo-o à espera de ser servida, no meio de ruídos e confusão por todo o lado.
Não há dúvida que há males que vêm por bem e em todas as situações, mesmo aquelas que inicialmente parecem difíceis e quase incontornáveis, há sempre um lado positivo a descobrir.




segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Aliens

A noção de que o planeta onde vivo é uma mera partícula comparado com a vastidão de um Universo conhecido e ainda por conhecer, é clara e inequívoca.
Se o meu planeta é uma parte minúscula de um todo, é natural que a probabilidade, mesmo que remota, de haver outras formas de vida, exista.
Esclarecida a minha posição relativamente ao assunto e sem mais preâmbulos, deixo-vos com um momento muito peculiar e exemplificativo de como esta crise nos vai afectando: a uns mais que outros e cada um à sua forma. 
Sequelas dos tempos que correm.


domingo, 15 de janeiro de 2012

Aquele olhar

Desprevenidamente, por entre a multidão de gente apressada e ocupada, os seus olhares cruzaram-se: olharam-se, de uma forma tão mágica, que parecia que a eternidade estava logo ali. Por instantes, breves, fugazes, a intensidade daquele olhar trocado transportou-os para lá do tempo e do espaço numa perpetuidade só intuída pelos amantes.  
Num compasso passageiro do tempo, no desfazer de um gesto distraído, abandonaram-se um no outro, enquanto o silêncio dos seus olhares gritava e, mesmo antes de se perderem nos braços da multidão que os afastava e separava para o desconhecido, souberam que aquele olhar os tornara cativos para sempre.



sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Lições

A vida já me ensinou tanto!
Com ela aprendi importantes lições…
Aprendi que nunca é uma palavra mentirosa e, se dita com altivez, torna-nos ridículos; aprendi que há mesmo pessoas insubstituíveis, mas isso não impede que a vida continue; aprendi a descobrir os verdadeiros amigos e a importância que eles têm; aprendi que a raiva, os ciúmes e a inveja são maus conselheiros; aprendi que o êxito tropeça, muitas vezes, na insegurança e na incompreensão; aprendi que os obstáculos, no caminho, apesar de dificultarem o percurso, valorizam a chegada; aprendi que o não, às vezes, é afirmação e o sim negação; aprendi que gestos simples e sinceros fazem toda a diferença; aprendi que um sorriso, uma palavra doce podem ser poderosos e sabem tão bem; aprendi que o orgulho, em excesso, torna-se soberba e esta impede a felicidade; aprendi que agir, nalgumas situações, pode ser sinónimo de aquietar; aprendi que o tempo e a distância provocam dormência, mas não esquecimento; aprendi que a felicidade é uma conquista inacabada, às vezes dói, mas que vale sempre a pena; aprendi a interpretar silêncios, gestos e olhares; aprendi a desvendar sentidos escondidos nas palavras...
A vida é uma constante aprendizagem, mas como em todas as aprendizagens há que se estar atento, compreender e saber interpretar as lições que ela nos oferece.
A vida já me ensinou tanto e o que eu sei é, ainda, tão pouco!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

As não respostas

A propósito de algo que se passou, questiono-me: pelo facto de não percebermos tudo o que acontece; pela razão de não encontrarmos explicações racionais para determinadas ocorrências; pelo motivo de a Ciência não aceitar nada que não seja medível, experiencial; pela maioria das pessoas, somente, acreditar no que os seus olhos vêem e o seu corpo sente, poder-se-á, com toda a certeza, defender apenas e só a existência do palpável, do material, na vida, tal como a conhecemos? 
Fica a dúvida, ficam as não respostas, com a abertura de espírito para aceitar que o que sabemos é tão pouco, quando comparado com o que desconhecemos!
É bom nunca esquecer que a Ciência é sempre céptica antes de desvendar as verdades e estas nunca são  definitivas!

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Mueve-te

Quem de vós não possui uma paixão, um gostinho especial por algo que vos preenche completamente, tão completamente que até se perdem no tempo?
Estes pequenos oásis do prazer, tranquilizantes do espírito e regeneradores do ser, desempenham um papel primordial no equilíbrio de cada um de nós.
Um dos meus oásis é, sem dúvida, a dança, como tantas vezes já aqui referi. É nela que me perco para me encontrar.
No cais de Gaia, sobranceiro ao rio Douro, o ambiente descontraído e caliente do Muevete Bar, faz deste espaço o sítio ideal para todos os que gostam de ouvir e sentir, no corpo e no espírito, o poder intenso da música afro-latina.
Um espaço informal onde se podem passar momentos agradabilíssimos, acompanhados pela beleza ofuscante da cidade reflectida nas águas calmas e paradas do rio a seus pés que se vislumbra através das amplas e rasgadas vidraças debruçadas para o exterior.
Move-te no 






segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Ilógico

Ao ler a notícia, no Público de hoje, sobre a comparticipação do SNS na remoção dos implantes mamários de silicone de uma certa marca, para todas as mulheres que se submeteram a esta operação, independentemente do motivo que as norteou, baralhou-me. Então, uma parte dos meus impostos vai ser aplicada não para ajudar os mais carenciados na prestação dos cuidados primários de saúde, mas antes para subsidiar a remoção de implantes mamários de quem não tem qualquer dificuldade económica? Não faz sentido!
Um implante mamário, quando a razão é meramente estética e não resultante de uma intervenção oncológica, é um luxo, um mimo que só tem quem pode. Assim sendo, o SNS não tem de comparticipar nada!
Poupa-se por um lado, desbarata-se por outro e depois pede-se compreensão e espírito de sacrifício…


domingo, 8 de janeiro de 2012

Criação

Nos momentos sossegadamente silenciosos, descubro-me, percebo-me, encontro-me.
Nas breves lacunas do nada, escuto o som das palavras, apenas pensadas.
Em instantes solitários de não solidão, desvendo as memórias que a poeira do tempo somente escondera e busco, num lugar oculto de mim mesma, a essência do que sou.
Na mansidão da noite escura, decifro a incógnita linguagem da razão, solto-a, grito-a, acompanham-me as ténues sombras da percepção dos outros e de mim.
Nos momentos sossegadamente silenciosos do tempo, escrevo e, em cada palavra pensada, maturada, cuidadosamente significada, desvendo a linguagem da alma, deixo-me interpretar.
Na tranquilidade silenciosa da noite, na perfeição da existência criada, eu sou. 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Dúvida Metódica

Tal como aconteceu com o grupo Jerónimo Martins relativamente à venda de acções da sociedade Francisco Manuel dos Santos SGPS para a sociedade Francisco Manuel dos Santos B.V (subsidiária), - que confusão!!! -, será que, também eu, principal e única accionista do grupo familiar e monoparental,  Aguiar da Câmara e seus descendentes, poderei transferir o meu capital social para a Holanda?
Lá diz o ditado “ Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”.
Somos os maiores!

Ilusão

A decisão política do reajustamento da hora, na ilha de Samoa, situada no Pacífico Sul, de modo a diminuir a diferença temporal relativamente aos seus vizinhos mais próximos, engoliu um dia inteirinho no calendário.
Os Samoanos adormeceram na quinta-feira à noite e quando acordaram era já sábado, enganando o tempo num qual passe de magia.
Se pudéssemos fazer o mesmo ao longo da nossa vida, conseguem imaginar o que seria adormecermos num certo dia e acordarmos numa amanhã à escolha?
Em determinadas circunstâncias, apetecia baralhar o tempo, devorar dias, alongar outros, alterar a ordem sequencial dos acontecimentos, senão mesmo os acontecimentos, como se, assim, pudéssemos reescrever a história pessoal.
Meros pensamentos, de início de ano, em forma de divagações.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Novo Ano

Os tempos que correm assombram a felicidade que cada um de nós busca incessantemente.
As dificuldades que nos rodeiam não nos podem manietar. Há que saber apreciar pequenas delícias que ajudam a amenizar as contrariedades de quem vive da labuta diária. São pequenos oásis, diferentes de pessoa para pessoa, mas primordiais para enfrentar e suavizar as contrariedades de uma sociedade em busca de si própria.
A crise? A tendência para o soturno? Definitivamente, não!
Com um sorriso rasgado, muita vontade de viver e uma ânsia que me invade, abraço este novo ano! 
Bom 2012 para todos vós!