Um final de dia completamente adjectivado e superlativado em relação ao trabalho.
Letras que saem ao acaso, ao sabor do pensamento. Ideias que se atropelam aleatoriamente, fruto do cansaço que se enfeita de torpor.
Uma pausa entre o dever. A televisão que fala para o nada, ensurdecida pelos anúncios que ecoam no silêncio relaxante do descanso que se anseia.
A escrita, a palavra como catarse, uma necessidade que surge naturalmente.
Por momentos, a atenção distraída é captada pela insistência de uma voz que repete, em intervalos de segundos “O Ronaldo revela uma mudança na vida. Dia 27 aqui a partir das 19.55” e imediatamente um pensamento “ a mudança deve ser mais uns milhões na sua conta bancária por mais um anúncio".
Banalidades, deles e minhas, meras trivialidades que sabem bem depois de um dia completamente alucinante!