A propósito do jogo de ontem, algumas considerações. Efectivamente, o Cristiano Ronaldo é um portento: a arte com que brinca com a bola, a facilidade com que a maneja e a domina, a força e a destreza dos seus movimentos, tudo nele – independentemente de marcar ou não – o coloca entre o melhor dos melhores e que orgulho em o termos!
Quando jogamos com um espírito de equipa, quando a união do grupo é verdadeira, quando “esquecemos” o protagonismo de alguns e acreditamos no todo, ultrapassamos obstáculos, vencemos desafios, vamos longe!
Todos são importantes para a concretização de um objectivo, até aqueles que, na sombra dos sonantes, passam despercebidos. A sua importância é capital para o colectivo - João Moutinho é um dos exemplos.
E, por último: pobre país em que, já há muito tempo, as únicas alegrias que o animam e o fazem ter orgulho em ser um nobre povo, sãos protagonizadas pelo futebol!
Desafioos é já por si um desafio lançado em forma de repto: "Andas muito filosófica, tens de criar um blogue!". Porque gosto de desafios, aceitei o desafio e criei este blogue.
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sexta-feira, 22 de junho de 2012
terça-feira, 19 de junho de 2012
Para se cumprir
Esta tarde, bem perto da minha escola, ocorreu mais uma tragédia, semelhante a tantas outras que, ultimamente, fazem título de manchete.
Em Portugal, os crimes passionais têm vindo a aumentar a um ritmo demasiado rápido proporcionalmente ao número de habitantes que temos.
Não sei se é este tempo conturbado que atravessamos, se é uma espécie de delírio provocado pelas dificuldades crescentes que enubla o presente e, de certo modo, silencia o futuro, que provoca nas pessoas impaciência, irritabilidade, incompreensão e as leva a agir impetuosamente, sem se aperceberem da gravidade e consequências dos seus actos.
Quando a emoção se sobrepõem à razão e se age “de cabeça quente”, geralmente, dá mau resultado.
A vida é feita de derrotas e vitórias.
O passado é importante quando ajuda o presente e prepara o futuro.
Por muito difícil que seja, é imprescindível saber-se lidar com as emoções que os ganhos e as perdas afectivos geram em cada qual.
“Ninguém é de ninguém” e cumprir-se como ser implica, também, saber aceitar a partida-ausência de quem escolheu um outro caminho para trilhar.
Em Portugal, os crimes passionais têm vindo a aumentar a um ritmo demasiado rápido proporcionalmente ao número de habitantes que temos.
Não sei se é este tempo conturbado que atravessamos, se é uma espécie de delírio provocado pelas dificuldades crescentes que enubla o presente e, de certo modo, silencia o futuro, que provoca nas pessoas impaciência, irritabilidade, incompreensão e as leva a agir impetuosamente, sem se aperceberem da gravidade e consequências dos seus actos.
Quando a emoção se sobrepõem à razão e se age “de cabeça quente”, geralmente, dá mau resultado.
A vida é feita de derrotas e vitórias.
O passado é importante quando ajuda o presente e prepara o futuro.
Por muito difícil que seja, é imprescindível saber-se lidar com as emoções que os ganhos e as perdas afectivos geram em cada qual.
“Ninguém é de ninguém” e cumprir-se como ser implica, também, saber aceitar a partida-ausência de quem escolheu um outro caminho para trilhar.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
A pergunta
Agora que as aulas terminaram e o trabalho a desenvolver tem características muito próprias, retomei o hábito de ler por puro prazer.
Já desde o Natal que repousava, na mesinha de cabeceira, o “Último Papa" – temos bons autores portugueses. Na semana passada terminei a sua leitura e peguei na “Dama de Espadas”.
Com que delícia de escrita nos presenteia Mário Zambujal neste seu livro!
De uma ironia e um sentido de humor incríveis, como já nos habituara anteriormente, o autor diverte-nos com uma história a lembrar um pouco os ingredientes de certos romances de Eça de Queirós. Até o cenário nos remete para o paradisíaco e romântico ambiente natural de Sintra, tão querido a este autor realista do século XIX.
Cada livro que eu leio faz aumentar em mim a estranheza de haver pessoas que não gostam de ler.
Como é possível?
Já desde o Natal que repousava, na mesinha de cabeceira, o “Último Papa" – temos bons autores portugueses. Na semana passada terminei a sua leitura e peguei na “Dama de Espadas”.
Com que delícia de escrita nos presenteia Mário Zambujal neste seu livro!
De uma ironia e um sentido de humor incríveis, como já nos habituara anteriormente, o autor diverte-nos com uma história a lembrar um pouco os ingredientes de certos romances de Eça de Queirós. Até o cenário nos remete para o paradisíaco e romântico ambiente natural de Sintra, tão querido a este autor realista do século XIX.
Cada livro que eu leio faz aumentar em mim a estranheza de haver pessoas que não gostam de ler.
Como é possível?
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Reinterpretar
Desde o Natal que repousava, discretamente, num sossego absoluto, escondido no meio de outros.
O tempo – pretexto invariável para o não acontecer – ou melhor, a falta dele, remetera-o para a estante daquela prateleira e ali ficara, aguardando ser lido.
Numa destas noites, em que o sono tardava, peguei-o por companhia e libertei-o do silêncio.
No sossego discreto da noite, apropriei-me de palavras, deliciosamente trabalhadas, urdidas pela imaginação do autor e reinterpretei-as num outro olhar: o meu olhar.
O tempo – pretexto invariável para o não acontecer – ou melhor, a falta dele, remetera-o para a estante daquela prateleira e ali ficara, aguardando ser lido.
Numa destas noites, em que o sono tardava, peguei-o por companhia e libertei-o do silêncio.
No sossego discreto da noite, apropriei-me de palavras, deliciosamente trabalhadas, urdidas pela imaginação do autor e reinterpretei-as num outro olhar: o meu olhar.
terça-feira, 12 de junho de 2012
Especialização
Os finais de período e, particularmente, os de ano lectivo, com a carga burocrática a eles associada – cada vez aumenta mais - provocam uma angústia crescente que sufoca e manieta. São tantos os documentos a preencher, é tamanha a burocracia exigida que, por vezes, sinto-me perdida entre o papel e o digital, tragada pelas vagas de celulose virtual obrigatórias. Relatórios de Apoio, de Direcção de Turma, Tutorias, FICA, PIA, ACTA, PCT e a lista continua, infindável, irritável.
Cada vez mais, para além de professores, vamo-nos transformando nuns tecnocratas da documentação/papel.
Até quando?
Cada vez mais, para além de professores, vamo-nos transformando nuns tecnocratas da documentação/papel.
Até quando?
sábado, 9 de junho de 2012
Acordar
O vendaval intensificou-se e, num redemoinho em espiral, sorveu tudo por onde passou, aniquilando, sem piedade nem remorsos, vidas, esperanças, sonhos.
Há muito que os indícios – despercebidos para a maior parte - apontavam para o desfecho que ninguém ousava sequer pensar, tal a força devastadora que ameaçava emergir da tempestade.
Na ignorância de muitos e no fingimento de poucos, vivia-se na abundância, mera quimera, utopia enganadora com prazo marcado.
Teciam-se planos, rendilhavam-se ilusões e o futuro imaginava-se tranquilo e risonho.
Sem mais, a realidade impôs-se: dura, preocupante, desesperante. O acordar para a verdade tragou, na força da enxurrada, vontades, certezas, quereres.
Nos rostos marcados, nos espíritos doridos, vincados de rugas, dormentes de raiva, a angústia do devir, a incerteza do amanhã.
Porém, uma réstia trémula de luz esbate as sombras escuras do presente, entreabrindo um rasgo de esperança.
Porém, uma réstia trémula de luz esbate as sombras escuras do presente, entreabrindo um rasgo de esperança.
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Fim de tarde
Mais um dia que termina na sucessão infindável do tempo. Um dia feriado que deixará de o ser durante uns bons anos.
Sabe sempre bem, principalmente nesta recta tão atarefada de final de ano, um dia de descanso no trabalho obrigatório.
Por entre testes e mais testes, quebrando momentaneamente a azáfama de tanta correcção, aproveitei uma nesga de tempo e deliciei-me com um pratito de caracóis e um fino por entre dois dedos de conversa que se estendeu pelo final da tarde.
São momentos de descanso que retemperam as forças e acalentam a vontade para o que ainda falta acontecer.
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