A leitura do
romance “A verdade sobre o caso Harry Quebert” prossegue a um ritmo alucinante.
A trama é bastante empolgante, diria mesmo viciante e que maneira de escrever tão diferente do
habitual! Joel Dicker é, sem dúvida, uma agradável revelação.
Depois de a vida
adormecer e do silêncio imperar, - condição essencial para o que o raciocínio lógico-dedutivo
se desenvolva- enfio-me no quentinho acolhedor da cama, puxo do livro e embrenho-me
na sua leitura. Página após página, a dúvida persiste: quem terá matado Nora
Kellergan e porquê? A minha faceta detectivesca, espicaçada pelo desafio da descoberta da verdade sobre o que terá acontecido naquele misterioso dia 30 de Agosto de 1975, desperta para a história num duelo entre a evidência dos factos narrados pelo autor e a minha capacidade de antecipar os acontecimentos, até chegar ao que, verdadeiramente, se passou, antes de o livro o revelar.
É este “passar a perna” ao autor, o deduzir, o intuir antes que ele se decida a desvendar o enigma ao leitor, que me alicia, há já muito tempo, para este género literário, misto de mistério, suspense e policial.
Eu vou descobrir…