Declaro aberta,
oficialmente, a interrupção lectiva, mais conhecida por férias de Natal! O mesmo é dizer que a partir de hoje até ao
dia cinco de Janeiro está interdito o uso do despertador, o acordar obrigatório,
a correria desenfreada no escoar dos minutos que, de manhã, misteriosamente,
parecem ter apenas escassos segundos.
Nesta altura, de
Natal, sabe bem sentir o frio lá fora, saborear o conforto aconchegante da casa,
o calor da família que se junta, o riso e a conversa desfiada, os serões prolongados,
a pequena árvore iluminada perto de um Presépio simples e humilde, símbolo
inequívoco do que vem anunciar. As gerações sucedem-se, mas a tradição mantém-se nos rituais da quadra: é certo que o peru cedeu lugar ao cabrito assado, no entanto, as rabanadas, as fatias douradas, os sonhos e o bolo-rei permanecem, perpetuam memórias adocicadas, fazem recordar sabores de outrora que atravessam o tempo enraizados no legado do passado.
Decididamente, gosto do Natal!