Ensino público versus privado abriu uma discussão que tem
permitido um debate alargado de ideias na sociedade portuguesa de uma realidade
há muito disputada entre os professores, mas que só agora parece ter despertado
o interesse do público em geral.
O objectivo deste
post não é tomar posição (aliás, há muito já tomada), o propósito é antes outro.
Parece-me que andam todos distraídos, perdidos nos meandros do combate
argumentativo e não se apercebem da verdadeira intenção deste governo em que
Tiago Brandão é a sua face visível.
Os paladinos da
escola pública, e eu sou uma deles, defendem o fim dos contractos de associação
e a canalização, para o ensino público, das verbas anteriormente entregues aos
privados.
No entanto, não
me parece ser esse o propósito deste governo: algo me diz que esta celeuma toda
e este braço de ferro tem como única preocupação alcançar o objectivo final:
corte nas despesas do Estado, de maneira a baixar o deficit, aproximando-o dos valores impostos pelos “the biggest” da Europa.
Mais uma vez se
constatam três insofismáveis verdades: não se fazem omeletes sem ovos, as vacas,
efectivamente, não voam e a montanha vai parir mais um rato!