Translate

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Ad eternum




Lida algures, numa das muitas páginas que pululam no Facebook, uma frase que de factual se torna completamente verdadeira (pelo menos para todos os que tiveram a sorte de conviver com os avós): Os avós nunca morrem, tornam-se invisíveis e dormem para sempre nas profundezas do nosso coração.
Neste fascinante exercício dialéctico entre o sentir (sujeito emotivo), o pensar, na acepção de tomar consciência de (sujeito racional) e o verbalizar – materialização de emoções e ideias encorpadas em palavras – (sujeito linguístico), generalizaria a reflexão dizendo que não são apenas e só os avós os que se tornam invisíveis nas profundezas do nosso coração e por isso nunca esquecidos e por isso sempre presentes, mas todos aqueles que trilharam, em determinados momentos da vida, os mesmos caminhos que nós ou que, em caminhos diferentes, algures no trajecto percorrido, se cruzaram connosco e deixaram ad eternum a sua marca indelével.