Era uma vez um arco-íris descolorido. Nascera da briga
entre o sol e a chuva e vivia infeliz devido à palidez das suas cores.
- Se pudesse renascer e ver-me colorido como os outros, seria
o mais feliz dos arco-íris – pensava e repensava o sete cores celestial,
sentindo-se impotente na sua infelicidade.
- E se… – congeminava o arco celestial à medida que uma
ideia se ia formando.
Num dia de sol potente, estendeu-se numa nuvem e
concretizou o seu sonho.
A partir de então, cada vez que se via empalidecer, na
imagem refletida pelo mar, o arco-íris estirava-se na nuvem passageira mais
próxima e deixava que o Sol lhe acariciasse as suas sete cores.