Receamos expôr o lado mais humano de nós mesmos, quando assumimos, perante os outros, o choro verdadeiro da saudade na perda, como se chorar pudesse, de alguma maneira, ser considerada uma fraqueza, um diminutivo de carácter.
Assumir o choro, sem vergonha de o confessar, é um acto corajoso, de todos os que fazem das lágrimas a tinta que caligrafa a linguagem gestual do coração, comunicando, em discurso não falado, a dor sentida, mas quase sempre adormecida para o exterior.
Chorar é esbater, em suaves nuances, a intensidade da dor na incompreensão, é abrir as comportas interiores e deixar fluir o caudal da saudade, na naturalidade de se Ser, no momento, apenas, corpo e alma, emoção e, quase nada de, razão!