Por motivos pessoais fui forçada a deslocar-me a diferentes espaços, espalhados pela cidade, onde se prestam serviços públicos.
Todos eles evidenciam uma característica comum: um "amontoado" de gente com ar enfastiado, quase desesperado, espera para ser atendido, na maior parte das vezes muito tempo!
E num desses espaços, particularmente, o tempo parece não passar, pelo menos para quem aguarda, de senha na mão e olhar no ecrã informativo, o retinir salvador, indicando o número “mágico” que acaba com a tormenta.
Dirigindo-me ao balcão, todas as questões apresentadas foram, prontamente, esclarecidas por um funcionário que, com voz baixa e olhar desconfiado, zelava pela confidencialidade do que dizia, numa tentativa de resguardar a privacidade do cliente no meio do mar de gente que (des)esperava.
E antes mesmo de todas as dúvidas esclarecidas, uma certeza firme e sólida, de imediato, sobressaiu do meio delas.
À medida que o prestável funcionário me ajudava a diminuir as dúvidas existentes, aumentava em mim uma certeza tornada convicção: o Estado, essa entidade abstracta, impessoal, sem rosto e sem alma, a quem se atribuem culpabilidades (para se fugir das responsabilidades) apenas tem um fim: “sacar” ao pacato e honesto cidadão, o maior valor possível, através de impostos de tudo e de nada.
E à medida que a constatação se tornava cada vez mais evidente,logo uma outra dúvida agigantava-se: Mas afinal para que servem e de que modo estão a ser aplicados todos os impostos que, segundo a segundo, todos os dias, o Estado retira aos cidadãos?
O Estado?????!!!!!!