Foi, ao longo dos tempos, talvez, um dos temas mais tratado, abordado, dissecado, discutido até à exaustão e a consenso não chegado.
O amor é tanta coisa ... até contradição de sentimentos: alegria e tristeza, dúvida e certeza, mágoa e benevolência, ansiedade e serenidade.
O amor impulsiona decisões, gera acções e, simultaneamente, é capaz de as inibir.
O amor é compreensão na recriminação; é estender a mão e ajudar a erguer quando todos derrubam; é acreditar quando todos duvidam, é defender quando todos caluniam; é ver e ouvir quando os outros apenas olham e escutam; é aceitar quando os outros rejeitam.
O amor é sentir a segurança e a confiança no fundo de um olhar, é saber-se aceite e compreendido, apesar das imperfeições, é sentir-se querido e desejado não obstante as decepções! É partilha, cumplicidade e muito respeito!
O amor gera paixão, dor e sofrimento e é contra-senso na lógica da razão!
Ele é um lago de águas calmas, é uma brisa que sopra de mansinho, é a tranquilidade de um final de tarde ameno em que se repousa, descansa e se reergue das intempéries devastadoras que a vida, por vezes, provoca.
Em momentos destes o saber que, à nossa espera, existe um porto de abrigo acolhedor que aguarda a nossa chegada, é reconfortante e retemperador.
O amor é um todo abrangente, impossível definir de tanta definição que tem.
E, apesar de tudo isto, continua a impor-se a pergunta: o que é o amor, o que gera e o que provoca?
Quem nunca se deixou enfeitiçar pelo poder inebriante do amor, nunca viveu verdadeiramente a maior dádiva da vida!