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sábado, 3 de julho de 2010

Dualidades de mim

Sou como um rio de águas calmas na imensidão da foz; sou a serenidade pressentida na melancolia de um crepúsculo. Sou águas revoltas e turvas agitadas pela tempestade. Sou vendavais e torrentes em dias invernosos!
Sou a dualidade na unicidade!
Sou passado e presente com a certeza de um futuro.
Sou caminhos percorridos, algumas vezes tropeçados; sou itinerários não sabidos, pressentidos, em trajectos a desbravar.
Eu sou o todo e sou as partes!
Sou mistérios por desvendar, enigmas por descobrir; sou as arestas e as faces de um prisma irregular, os vértices pontiagudos de partida ou de chegada! Sou a dúvida e a certeza no caleidoscópio da vida. Sou emoção e sou razão; sou sonho e realidade.
Sou o barro trabalhado, mas com imperfeições moldado. Eu sou o Eu que se reconstrói numa tarefa inacabada!
Eu sou energia concentrada em matéria criada.
Eu sou Luz!