A liberdade, é um conceito, associado a ideologias político - filosóficas, pelo qual os Homens fazem revoluções, agitam massas, alteram percursos de vida, reconstroem a História, alteram o rumo e influenciam o futuro, quando, no presente, lutam pela sua instauração ou manutenção.
A liberdade, esse ilusório conceito, não passa disso mesmo, pois nenhum ser é nem consegue alcançar, na plenitude, a liberdade total. Há sempre "amarras" que prendem os movimentos, impedem as acções e alteram-nas em prol de valores que se sobrepõem.
Um ser para se sentir e afirmar completamente livre necessitaria de viver só, isolado de tudo e de todos e ser autónomo.
Num contexto deste género, a liberdade ganharia contornos bem definidos e aproximar-se-ia da idealização que os povos ocidentais construíram acerca dos primeiros indígenas com que contactaram no Novo Mundo, disseminando a ideia do bom selvagem, aquele que vivia sem regras, "sem lei nem grei", num estado o mais aproximado possível da Natureza, quase em comunhão de sentires e pertença.
Ideia falsa, como mais tarde se veio a comprovar.
Afirmo que a liberdade não passa de uma utopia na mente do Homem. O que existe são momentos em que as pessoas se sentem menos direccionadas, influenciadas, coagidas, levadas a fazer e tomar opções, numa encenação em mise, impelidas a acreditar que a sua decisão é inteiramente da sua responsabilidade.
Porque o ser humano carrega consigo a sede do poder, e cada vez mais revela enorme dificuldade na comunicação, devido ao ruído que, frequentemente, se instala, a consciência de que a liberdade começa a não ser mais do que uma ilusão vai ganhando força na grande massa social deste país.
Tempos conturbados avizinham-se, em que a luta pela sobrevivência começa a marcar, negativamente e veementemente, as relações de trabalho que se estabelecem entre pares.
A competitividade aumenta, a solidariedade diminui e a liberdade recua!