A parte exterior do edifício sobressai das construções circundantes pela estrutura arquitectónica que a compõe e pelos “arabescos”, inscrições bem visíveis no frontal da entrada, em árabe.
Transposto o limite que separa o sagrado do profano, o puro do impuro, o visitante depara-se com um ambiente calmo, silencioso, pleno de tranquilidade, características necessárias para quem encontra naquele espaço as condições ideais destinadas ao exercício espiritual, reencontro interior do ser com o Criador.
O ser-se “estrangeiro” em território “inimigo” não implicou a não-aceitação, pelo contrário, sugerida a hipótese de uma visita às várias dependências que compunham o edifício, esta foi, imediatamente, permitida com toda a simpatia e disponibilidade por parte de quem se encarregava, entre outras coisas, das relações públicas do local do culto.
Com uma postura simples, mas ao mesmo tempo assertiva, informaram-nos de que poderíamos entrar na sala destinada à práctica do culto sob duas condições: 1ª, teríamos de nos descalçar, 2ª, porque pertencíamos ao sexo feminino, seríamos obrigadas a ocultar o cabelo.
Aceitámos as regras estipuladas e preparámo-nos. A visita ia começar.
(continua)
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