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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Sonho de uma noite


- Permites-me um beijo?– Sussurras-me tu em tom baixo e meio envergonhado.
 Deixa-me beijar-te suavemente, delicadamente como se fosses de fina porcelana, frágil e intocável.
O teu perfume adocicado de rosas silvestres inebria-me e entontece-me. Quando passas, deixas no ar a fragrância que é a tua, reconhecivelmente só tua.  
Deixa-me afagar o teu rosto e sentir, na minha mão, o aveludado da tua face que me tranquiliza e me embala em momentos de serenidade.
Deixa-me olhar-te uma vez mais e, na profundeza do teu olhar, descobrir a razão do meu viver.
Deixa-me sonhar- murmuras-me tu. 

sábado, 28 de abril de 2012

Hoje

De que cor pinto eu, hoje, as palavras que escrevo?
Pinto-as em gradações de tons: esbatidos, ténues.
Texto quase aguarela, texto esboço de traços cinzentos. 
Sim, hoje, matizo cada palavra que escrevo de cores discretas, silenciosas.
Pinto-as da cor do tempo, pinto-as da cor da alma!
Hoje!

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Quase

Brincar, também, pode ser uma das maneiras de lidar com a não vitória, com o sabor a pouco de certas situações, mas...
Independentemente de não ter conseguido vencer esta noite, o meu Sporting bateu-se com a garra de um leão – o genuíno, o de verde - e mostrou-se merecedor de ter chegado tão longe.
Não há leões vermelhos…
Feliz com a evolução que a equipa tem vindo a demonstrar, mas sem concretizar o sonho de uma final ibérica. Faltou um bocadinho assim!
A ganhar ou a perder, SEMPRE SPORTING!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Abril


Mais um “25 de Abril” que adormeceu no ontem.
O deste ano matizou-se em tons de cinza molhado, contrastando com o genuíno que se encheu de sol e luminosidade.
De facto, é de admirar a capacidade que a memória possui para aprisionar os detalhes, os pequenos nadas que ficam, distraidamente, guardados e nem o passar dos anos os apaga.
Entre o Abril do passado, que se vestiu de novo e se encheu de esperança e o Abril do presente, sorumbático e triste, houve um país que persistiu, por entre sonhos e utopias, há um país que persiste, por entre erros e aprendizagens, derrotas e vitórias.
Entre os dois “Abril” houve “eus” e “tus” que cresceram e acreditaram, mas que, nalgum momento da caminhada, se enganaram e continuaram.
Entre estes dois “Abril” há muitas lições a aprender, há todo um modo de vida a repensar, maneiras de estar a alterar. 
Há um país para acontecer. Ainda, se “Abril” quiser ser.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Despedida


A vida tem certas ironias difíceis de entender. Quando menos se espera prega-nos cada rasteira …
Hoje, no regresso de mais um dia de trabalho, ao ouvir a notícia da morte do euro-deputado Miguel Portas, senti-me triste.
Conheci-o, pessoalmente, por breves instantes, aquando de uma das manifestações de professores durante a governação de José Sócrates. Foram breves momentos de contacto junto à escadaria da Assembleia da República. No meio do aglomerado de gente, por entre a confusão própria de quem se manifesta, lá estava ele de sorriso franco, olhar bondoso, ar simpático, dando-se a todos os que o cumprimentavam com a mais pura naturalidade. Sem manias nem ares de superioridade, quando, meia envergonhada, lhe pedi se podia tirar uma fotografia consigo, de imediato, rasgou o seu largo sorriso e pousou como se tratasse de um colega de escola, há muito conhecido.
Desde então, recordo-o como um bom ser humano, de ar calmo e tranquilo, de voz serena e sorridente que se tornaram a imagem de marca que o acompanhou até ao fim.
Até sempre!

domingo, 22 de abril de 2012

Dueto


Surgiste. 
Resgataste-me do naufrágio que a tempestade provocara. 
Intuíste, na percepção dos momentos de silêncio, na linguagem dos gestos e do olhar, a urgência do amor.
Percebi-te. Eras destroços de uma intempérie avassaladora. Procuravas, por entre a tormenta inquieta, a serenidade do teu ser.
Ambos náufragos doridos à deriva na vida.
Demo-nos: na minha boca, embriagaste o teu sentir, na tua boca, inebriei o meu querer.
Descobrimo-nos: no meu olhar, apaziguaste a tua dor, no teu olhar, renasci. 
Amámo-nos na imensidão dos momentos sem tempo. Perdemo-nos: as tuas mãos aprisionaram o meu corpo em nuances de ternura.
Reescrevemos o futuro.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Horta Virtual

O desenvolvimento não pára!
Em cada dia, surgem novas ideias, novos conceitos, algumas enraizadas na ancestralidade dos costumes, mas com a dose de modernidade que o tempo actual exige.
É o exemplo do projecto-piloto “ Horta na Net” a funcionar desde Março.
A partir de agora, qualquer pessoa pode tornar-se um agricultor virtual ou seja, um cyber-agricultor.
Ideia interessante concretizada num projecto falado em português!



quinta-feira, 19 de abril de 2012

A 90 minutos

Brincar,  é a melhor maneira de lidar com situações caricatas.
A confirmar-se a acusação que pesa sobre Paulo Pereira Cristóvão, só encontro uma explicação: o senhor é um benfiquista infiltrado…
Feliz com a prestação do meu Sporting e sonhando com uma final ibérica!

domingo, 15 de abril de 2012

Ambientes

Se é certo que os ambientes resultam da maneira de estar e ser das pessoas que neles interagem, também é verdade que o tipo de interacções ocorridas no seio de um grupo de pessoas resulta da conjugação, entre si, de uma série de factores internos e externos ao conjunto.
Assim, não é de estranhar que sejamos impelidos a abraçar ou a evitar espaços, contextos, consoante as sensações que cada um deles nos desperte.
No entanto, independentemente do tipo de emoções que os lugares, as ambiências e as pessoas nos possam fazer sentir, estes ficarão, eternamente, gravados na memória dos sentires.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

O que é nacional é bom

 Os momentos de crise, quanto mais não seja, servem para “tomar o pulso” de um povo.
Nós, os portugueses, defensores e praticantes dos brandos costumes, – teremos sido sempre assim? – diferenciamo-nos dos outros povos pelo modo como reagimos às contrariedades da vida: com serenidade e espírito de sacrifício. Temos a nossa marca muito genuína que nos distingue dos demais: a compreensão, a aceitação, a condescendência, o “esquecimento”. Até mesmo quando contestamos, fazemo-lo com arte: refilamos cortesmente.  Também é em momentos de crise que evidenciamos uma outra característica muito nossa: a solidariedade e o espírito de entreajuda para com os mais fracos.  
Nesse seguimento, não é de estranhar que, face ao contexto socioeconómico que vivemos - o sonho da globalização tornou-se o nosso pesadelo - se venha a assistir a uma campanha em prol da defesa do que é nacional, de modo a  incentivarmos a produção que conduzirá à sobrevivência das empresas e à segurança dos postos de trabalho.  
O vídeo que se segue é um exemplo, com uma certa dose de humor, – negro? – de uma dessas campanhas.







sábado, 7 de abril de 2012

Caminhando

Hoje “descobri “que o melhor momento para soltar o pensamento e libertar as ideias é quando somos obrigados a ficar quietos, parados, numa aparente dormência.
É em alturas dessas que o sótão da memória, afectiva e sensorial, solta imagens retalhadas, sobrepostas, às vezes confusas que saem numa cavalgada em tropel, obrigando-nos a correr atrás de possíveis sentidos e significâncias.
A arte de confeccionar um tradicional e delicioso arroz doce tem muito a ver com a paciência e com a delicadeza de cada gesto repetido, refeito, e prolongado no tempo. Sem pressa, calmamente, num ritual demorado, sempre sem paragens, durante cerca de hora e meia, há que mexer o arroz e o leite num movimento cadenciado, repetitivo e monótono, mas necessário.
De olhar fixo e hipnotizado para além do arroz que mexia, distraidamente adormecida pelo torpor que me invadira, assolam-me fragmentos de conversas que se atropelam e se cruzam qual quadro surrealista de traços não decifrados” (…) perdoai os nossos pecados assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”; “a perfeição minuciosa e equilibrada dos elementos da Natureza não pode ser obra do acaso”.
O espírito salta de reflexão em reflexão, de evocação em evocação para, por fim, ser desperto pelo aroma adocicado que se solta e inebria os sentidos.
Saibamos perceber que o caminho que conduz à perfeição precisa de tempo, paciência, cuidado e muito amor em cada detalhe que vai acontecendo. Tal como o arroz doce!
O desejo de uma santa e consciente Páscoa para todos vós!



quarta-feira, 4 de abril de 2012

Detalhe

Com a aproximação do Verão e a perspectiva de uns agradáveis dias de sol e mar numa qualquer praia de areia fina e dourada, há que começar a pensar num pequeno/grande “detalhe” que, para quase todas as mulheres, se torna numa enorme dor de cabeça a partir do momento em que resolvem experimentar o biquíni do ano anterior: o corpo e a estética.
Caras leitoras, porque também sou mulher e sei avaliar os estragos que uma imagem – chamar-lhe-ia antes uma contra-imagem - reflectida no espelho pode provocar no nosso “mundo”, decidi partilhar convosco um conjunto de exercícios que, levado ao pormenor, nos pode ajudar a sorrir e a sentir bem.
Viva o Verão e a praia, viva os dias luminosos, cheios de sol, radiantes e leves, envoltos em madrugadas frescas e suaves ou em crepúsculos avermelhados e tépidos com cheiro à brisa da maresia ou da terra!
Para cada uma de vós um personal trainer especializado.
Bons exercícios!