Há espaços que, pelas suas características particulares, estão, desde o início, destinados a serem únicos entre os demais.
Mal a avistei, fui invadida por uma sensação ímpar de tranquilidade, de calma, como se o tempo ficasse suspenso, hipnotizado pela beleza da paisagem envolvente, adormecido pelo movimento cadenciado das folhas das árvores que baloiçavam ao sabor do vento.
Incrustada, na encosta verdejante da Serra da Estrela, Seia, longe dos grandes centros citadinos e na periferia da modernidade, é uma cidade que sabe apostar na divulgação da cultura, na partilha do saber.
Já há alguns anos que esta cidade serrana acolhe as Jornadas Históricas, – XIV, precisamente – tornando-se um ponto de encontro propiciador do debate e do conhecimento, aliciante, sem dúvida, para todos os que consideram que o saber não ocupa lugar.
Justamente por isso, eis -me aqui, mais uma vez, nesta acolhedora cidade, aguardando o início da sessão de abertura dos trabalhos.
Comodamente sentada, na sala multimédia da Casa Municipal da Cultura, escrevo este texto, inspirada pela paisagem bucólica, visível de uma das muitas rasgadas janelas desta sala circular que a tornam apetecível e especial.
Cidade simpática, esta, em que o clima agreste não resfriou o modo de ser da sua gente, sempre cordial, afável e amistosa com os forasteiros.
Tanto, ainda, por descobrir, neste meu Portugal!